Memórias dos passado - 9 de Julho de 2019 ás 00:22
Ultimamente tenho tido uma vontade absurda de postar o que eu escreve, tanto quando a necessidade crescente de escrever tudo que eu sinto.
Escrever sempre foi meu refúgio. Quando sinto vontade de gritar ou estou tomada por angústia, eu escrevo. Não é algo que faço todos os dias ou com regularidade. Às vezes, desabafo duas vezes na mesma semana. Outras vezes, passo meses sem escrever nada.
Meu caderno se tornou meu confidente. Nunca tive o desejo de expor ao mundo o que só ele conhece. Só a ideia de compartilhar como me sinto me deixa em pânico. Não gosto da ideia de que outras pessoas possam me ver na minha mais crua vulnerabilidade. Nem eu mesma consigo reler o que escrevi mais de uma vez. Revisitar esses textos é como encarar de frente tudo o que sinto, todos os meus pontos fracos. E isso me assusta.
Passo tanto tempo tentando me manter forte, impenetrável, mas ler meus próprios pensamentos, capturados nos momentos em que estou desarmada, me faz lembrar que não sou tão forte assim. Nem um pouco. Eu sinto. E, na maioria das vezes, sinto tanto que tudo começa a se espalhar e a me consumir, até se transformar em um buraco vazio dentro de mim.
Essa vontade de mostrar tudo isso para o mundo – mostrar quem eu sou – é o que mais me assusta. Porque sinto que, ao fazer isso, tudo vai mudar. E, a partir desse momento, vou ser obrigada a sair de dentro da minha armadura.
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